Mercado de educação online cresce, mas ainda gera dúvidas

Por questões de praticidade e tempo, o mercado de educação online cresce a cada ano e cada vez mais pessoas se tornam empresárias no ramo. Existem vários tipos de negócio, desde ofertas gratuitas para que o aluno conheça a instituição, até aos que cobram conteúdos exclusivos de valores altos.

As questões que surgem quando o assunto é educação online são se o negócio vale a pena e se os alunos que participam conseguem realmente aprender as matérias apresentadas.  

Não só no Brasil como no mundo todo o mercado de cursos online vem crescendo rapidamente e até se tornou uma massificação de conteúdos. A situação já não tem volta e a cada dia mais pessoas e empresas entram para o mercado e conseguem ganhar muito dinheiro com isso. As ofertas são crescentes e o negócio está em constante expansão.

O assunto agora é o chamado Cursos Online Abertos e Massivos, conhecidos como MOOC, que se popularizou. Aulas de matéria de universidades que são conhecidas internacionalmente estão disponibilizando cursos online e rapidamente as matrículas se esgotam.

Existem o lado positivo e negativo em toda essa história. Segundo o especialista José Dornelas o bom dessa história toda é que essa iniciativa de popularizar cursos online é que acontece uma democratização do acesso à informação e conhecimento. O lado negativo é que essa massificação do ensino acaba na não efetivação da aprendizagem.

Alguns estudos mostram que muitos alunos começam a estudar por esse meio e não concluem o curso online. Isso acontece porque o conteúdo é difícil e muitas dúvidas surgem e de longe a coisa parece ser mais complicada para ser aprendida, fora a falta da interatividade com o professor e colegas. O caminho se torna difícil e o aluno acaba desistindo em pouco tempo.

O aluno que quer aprender à distância precisa ter consciência de que o esforço é maior quando a aula é online, ao invés de ser presencial. O desafio é ter uma dedicação maior para aprender novos conceitos e ter algum conhecimento mínimo naquele assunto para que a coisa não se torne tão complexa. A tecnologia criou e facilitou o acesso ao conteúdo, mas aprender ainda é o maior desafio tanto para os empresários como para os alunos.

Por mais que a tecnologia seja um caminho sem volta, estudos de uma universidade americana demonstram que alunos que escrevem conteúdos à mão aprendem e retém mais conteúdo do que os estudantes que anotam matérias no computador.

A próxima etapa é criarem estudos para que o negócio de educação online não se torne superficial e consiga envolver pedagogos e empresários para o desafio de aprendizagem.

Por Carolina Miranda